PANORAMA BRASIL-PORTUGAL EM MOVIMENTO

Panorama Brasil em Movimento

Panorama Brasil-Portugal em Movimento

sábado, 23 de outubro de 2010

AGENDA CULTURAL - II SEMINÁRIO INTERNACIONAL LUSO-BRASILEIRO




PANORAMA BRASIL-PORTUGAL EM MOVIMENTO

Novembro-Dezembro 2010

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro

Media, Arte e Tecnologia


Brasil e Portugal em diálogo

De um lado Portugal e do outro Brasil, separados pelo oceano, agora unem-se através da conexão cultural no sentido de fortalecer e consolidar o fraterno relacionamento de laços tão antigos, tão especiais, tão estreitos e tão fortes que unem historicamente os dois países. O projecto que aqui se apresenta visa estimular o intercâmbio cultural em língua portuguesa, a partir do cinema, pintura, música, teatro, envolvendo artistas e académicos de ambos os países. Uma das características do projecto é o carácter interdisciplinar das suas acções que giram em torno das temáticas da cidadania, cultura, linguagem e comunicação. Panorama Brasil-Portugal em movimento propõe, ainda, a reflexão, o diálogo, o envolvimento e mobilização de todos na sociedade como parte integrante no mundo.

Um debate intercultural planetário

Na contemporaneidade, o processo de globalização vem fornecendo novas configurações identitárias, o que nos leva à análise das relações do sujeito com o global/local e o fenómeno da fragmentação dos territórios. Ao colocar diferentes áreas do globo em interconexão, a globalização faz com que as perspectivas de transformação social atinjam virtualmente todo o mundo. Assim, não só temos uma maior circulação de produtos como também uma rearticulação das relações entre culturas e entre países. Aqui, o poder económico está descentralizado, deslizando pelos continentes atrás de escala e rentabilidade; as culturas estão mais híbridas devido ao aumento das possibilidades desterritorialização.

A integração e reprodução da nova ordem global fundamenta-se na lógica da curta duração, dissolução e fragmentação da identidade do indivíduo. No admirável mundo novo das oportunidades fugazes e seguranças frágeis, a saturação do universo simbólico daí resultante deixa-nos inertes e apáticos, rendidos à pura reprodução e sem qualquer outro referente que não seja as próprias imagens geradas pelos media. A generalidade dos modelos produzidos é ordenada por uma lógica de disciplinamento do corpo social, que pretende remeter a cada indivíduo uma dada posição bem definida na sociedade (enquanto consumidor).

Encontramos, porém, processos de reconhecimento dos grupos que carregam e defendem as diferenças étnicas e culturais que se opõem à matriz dominante do nation-building; a demanda por inclusão e por pluralidade no sentido da reparação de exclusões históricas; a demanda por reorientação das políticas públicas no sentido de assegurar a diversidade/pluralidade de grupos e tradições.

O actual contexto social tem sido determinado por mudanças substanciais em todas as esferas da actividade humana. Estamos passando por um processo de redefinição de uma série de conceitos, valores e princípios que até há muito pouco tempo, não eram sequer questionados.

Os tempos actuais, (os tempos pós-modernos, para alguns), causaram um estado de transformação na sociedade humana, havendo uma modificação do estado sólido para o líquido. Este estado de fluidez não é apenas econômica ou política, ela também se reproduz nas restantes áreas da vida humana: nas relações pessoais e na vida cotidiana. Estamos vivendo os múltiplos efeitos de um mundo cada vez mais complexo, com avanços tecnológicos, mas também com antagonismos, contradições, conflitos, formas de inclusão e exclusão dos sujeitos.

O mundo contemporâneo, ao mesmo tempo em que se abre a fluxos do capital financeiro globalizado, exibe inúmeros exemplos de fortalecimento dos controles territoriais, de revitalização dos nacionalismos, de valorização das raízes étnicas, da xenofobia e da busca por uma definição mais concreta de identidade. Nesse horizonte, a sociedade global pode ser vista como uma totalidade desde o início problemática, é complexa e contraditória; atravessada por desigualdades e diferenças, que se reflectem nos indivíduos, grupos, classes, tribos, nações, sociedades, culturas, religiões e idiomas. Desarticula as identidades fixas e estáveis do passado, mas, abre perspectivas para novas articulações que permitem a criação de novas identidades e a produção de novos sujeitos que se recompõem em torno de pontos nodais particulares de articulação ou “pluralidade de centros de poder”.

Ao mesmo tempo que a globalização representa uma certa forma de interconexão e interpenetração entre regiões, estados nacionais e comunidades locais que está marcada pela hegemonia do capital e do mercado, ela também se faz acompanhar por uma potencialização da busca por singularidade, por um espaço de diferença - a emergência de novas formas de identificação coletiva – negros, mulheres, povos indígenas, ecologia, pacifismo, juventude, movimentos religiosos – e novas formas de pensamento, que puseram em questão o etnocentrismo e o caráter excludente da ordem vigente. A identidade é, então, construída a partir de elementos opostos: diferença e igualdade; objetividade e subjetividade; ocultação e revelação e, para compreendê-la, é necessário desvendar essas contradições dialéticas.


Diferenças e encontros


Este encontro de natureza transnacional revela-se uma ocasião ímpar de diálogo e intercâmbio, ao procurar problematizar as actuais políticas culturais e científicas, a diversidade cultural e a produção artística em língua portuguesa. É nosso intuíto, também, aprofundar e sistematizar propostas teórico-metodológicas na formação para a intervenção em contextos de diversidade cultural;, tendo como eixo central:

a) Foco na diferença
b) Foco nas estratégias pedagógicas
c) Foco no diálogo

Promovemos o intercâmbio de iniciativas e conhecimento entre Brasil e Portugal visando à elaboração de ações positivas por parte do Estado e da sociedade civil. Panorama Brasil-Portugal em Movimento visa a reflexão, o diálogo, o envolvimento e a mobilização da comunidade científica, académica, cultural e artística de ambos países, incentivando o estabelecimento de pontes e parcerias para o futuro.


AGENDA CULTURAL
Artes visuais
24 de novembro a 13 de dezembro

Local
Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro
Antigo Solar da Nora
Estrada de Telheiras, nº 146 (metro Telheiras)

Noia



sábado, 2 de outubro de 2010

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro









PANORAMA BRASIL-PORTUGAL EM MOVIMENTO

Novembro-Dezembro 2010

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro
Media, Arte e Tecnologia









PROGRAMAÇÃO CULTURAL
20 de novembro
Local: 17h
Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro
Antigo Solar da Nora
Estrada de Telheiras, nº 146 (metro Telheiras)

Apresentação Hip-Hop de Batom e convidados

Curadoria Artística: Ana Rita Chaves

O Hip Hop de Batom é um projecto da Associação Dialogo e Ação, que também é representante oficial da Zulu Nation em Portugal e da casa do Hip Hop do Brasil. O grupo Hip Hop de Batom é um grupo de mulheres de vários bairros da periferia de Lisboa que lutam contra a discriminação da mulher, violência doméstica entre outras problemáticas. Que afectam a mulher na sociedade de hoje. Buscando por uma igualdade unânime e justa.
Este projeto foi patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian e tem 16 temas cantados em Português, crioulo, francês, espanhol. A coletânea sai em Junho e as jovens do projeto farão seu lançamento na Fundação Calouste Gulbenkian e para além disto já estão com a agenda bem recheada de convites. Já tiveram o privilegio de cantarem por duas vezes na FNACc do Chiado, no dia 8 de Março (dia internacional das mulheres) no Rossio, na Praça de Camões no dia do trabalhador, abriram o show do grupo brasileiro Racionais MC´s no Armazém F em Portugal.



19 de novembro

Cinema Periférico Brasil
19h
Casa do Brasil
Rua Luz Soriano, 42, no Bairro Alto em Lisboa

RAP DE SAIA















Título: Rap de Saia
Duração: 18’46’’

Sinopse
O Rap de Saia é um documentário que relata, através das vozes e rimas das próprias protagonistas, parte da trajetória histórica do Rap Feminino no Estado do Rio de Janeiro. Além da trajetória histórica, o Rap de Saia trás um apanhado de temas que nos leva a reflexão sobre a mulher na sociedade atual.

Dirigido pela rapper ‘Re. Fem.’, o documentário ‘Rap de Saia’, com 18 min de duração, visibiliza a história e a participação das mulheres no hip-hop carioca, visando alcançar não apenas o entendimento dos hip-hoppers, mas também atrair toda a sociedade para uma discussão ainda travada concernente a ‘Direitos Iguais’. E para que tais objetivos sejam alcançados, o documentário corre as salas de aulas, salas de cinema, festivais do Brasil e outros países como: Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Suécia, Visibilizando o Hip Hop feminino carioca.

Equipe:
Direção: Janaina Oliveira (Re.Fem.)
Assis. Direção: Chistiane Andrade (Queen)
Roteiro:. Janaina Oliveira (Re.Fem.)
Fotografia: Léo Ribeiro, Leandro Monteiro, Janaina Oliveira (Re.Fem.)
Técnico de som e edição: Michel Messer
Música Original: DJs Scooby/RJ, Raffa/DF, Negrito/SP, Vísio/RJ e o produtor musical Fernando Ávila.

Personagens: As rappers - Paula Diva, Edd Wheller e Raquel Rosa ( Ex. Damas do Rap), Michelle Ivana (Olho Negro), Dhéia, Re. Fem, Lu Rap, Mary, JC (Fúria Brasileira), Lisa (Ultimato à Salvação), Nany (Geração Consciente), Vitória (VB), Queen (Oeste Selvagem), Flávia e Fabiana (NegreSoul), Combatentte, Aline Santos, Kamila, Hannah Lima, Luana Del stayle (Anfetaminas), Jamille e Mary Juana (Negativas), Márcia 2PAC, Negra Rô, Afro Dih, Joy-C, Maninha e as mães – Silvia, Preta G e Leninha’.

Rap de Saia no You Tube
Trailler - http://www.youtube.com/watch?v=p_r5Fihzz6A

http://www.myspace.com/rapdesaia

Mães do Hip Hop









Maio de 2009
Duração: 26 min.

Sinopse:
O Documentário traça o perfil de cinco MCs de Morro Agudo (Léo da XIII, Átomo, Kall, Lisa e Dudu de Morro Agudo), a partir da ótica de suas mães faz uma panorâmica social do bairro e da transformação que a cultura Hip Hop fez na vida desses jovens.

Ficha técnica:
Direção: Dudu de Morro Agudo e Janaina Oliveira (Re.Fem.)
Roteiro: Janaina Oliveira (Re.Fem.) e Dudu de Morro Agudo
Fotografia: Bruno Thomassin e Luiz Carlos Dumontt
Som direto: Luiz Felipe Ferreira
Montagem: Bruno Thomassin
Produção: Luiz Carlos Dumontt, Lisa Castro e Cacau Amaral, Bruno Thomassin, Janaina Oliveira (Re.Fem.), Dudu de Morro Agudo, Erick Marley, Flavia Ferreira, Luiz Felipe Ferreira e Jane Thomassim.

Trilha sonora:
Pelos Meus Filhos – Re.Fem.
Sem Refrão – Fator baixada
Rap de Saia – Coletivo Rap de Saia
Sacolinha – Dudu de Morro Agudo
Sou de Morro Aguro – Dudu de Morro Agudo, Fator Baixada, Léo da XII e Ultimato a Salvação

Trailer - http://www.youtube.com/results?search_query=m%C3%A3es+do+hip+hop&aq=f

http://www.enraizados.com.br/?p=221


Titulo: Elemento Feminino
Duração: 00:10:40

Sinopse: Documentário sobre as impressões e vivências das mulheres que estão integradas no movimento hip hop de São Paulo, com Dina Di, Morgana Souza, Tati Laser, Cris e Dyad. Um vídeo com um olhar aos preconceitos e dificuldades que as mulheres passam para conquistar seus lugares no mundo do hip hop.

Um documentário de Leopapel

Assistentes: Mitsu Shiwa e Emerson Koike

Participantes: Dina Di, Morgana Souza, Tati Laser, Cris e Dyad.

Exibições: Cine Cufa 2008 Rio de Janeiro, SESC Itaquera 2007 São Paulo.



Titulo: Mistura Básica Hip Hop
Duração: 00:16:15

Sinopse: É um documentário conseqüente do single Mistura Básica Hip Hop onde é um projeto de incentivo a produção independente no hip hop, precisamente com o rap, contando com a parceria do grupo Alquimistas e o rapper Leopapel. O documentário abre uma visão sobre as dificuldades e vantagens que a produção independente oferece hoje em dia no universo artístico em geral, abrindo as possibilidades para um novo mercado para o hip hop onde geralmente sempre foi muito precário.

Um documentário de Leopapel

Participantes: Leopapel, Peqno, Blackalquimista, Nekafi, Almir Marques, Scan e participações especiais de Mano Brown (Racionais Mc’s), Helião (RZO), Guerrilheiros e DJ Cia (RZO).

Cogumarola_or@hotmail.com
WWW.youtube.com/cogumarola
http://www.cogumarola.blogspot.com/

Leopapel







(19/08/83) Rapper, Produtor e Cineasta

Desde 2001 eu trabalho com o hip hop, mais precisamente com o rap, sou integrante do grupo Guerrilheiros desde 2003, e também tenho alguns projetos solos. A partir de 2005 eu “Leopapel” venho me destacando no circuito independente do rap através de trabalhos com o áudio visual, como vídeo clipes, documentários, curtas e outros tipos de vídeos, todos quase sempre voltados ao rap e a cultura hip hop. Com esses trabalhos eu fundei a “Cogumarola Produções” onde me ajudou e ampliou meus contatos com outros grupos do hip hop brasileiro, alguns grupos e ícones de destaque do rap nacional, como RZO, Dj Cia, Função RHK, Dina Di, Filosofia de Rua entre outros, também estabeleci contatos com ícones internacionais do rap como Saian Supa Crew “França”, Ja Rule”EUA”, Tony Touch e B-Real “Cyprees Hill – EUA”.
Meu principal objetivo com esses trabalhos é o incentivo da produção independente, provando que com poucos recursos e boas idéias, ultrapassamos dificuldades e criamos nossos próprios meios de divulgação, principalmente através da internet, veiculo fundamental no movimento independente.

Principais Vídeos:
Documentários (curtas) – Elemento Feminino, O Grito, Hip Hop Cultura na Quadra.
Ficção (curta) – “Viciados”
Clipes: Dj Cia, Saian Supa, Função RHK e Guerrilheiros

Principais Eventos:
Shows: Hutuz 2006 – Rio de Janeiro, Hip Hop Boom – Curitiba, Mar Del Rosa / El Divino / Café Cancun – Florianópolis, Programas da Prefeitura de São Paulo.
Mostras: Cine Cufa 2007 – O Grito, Sesc Itaquera - Palestra e exibição do filme Elemento Feminino, Cine Cufa 2008 – Viciados / Elemento Feminino.

21h - Debate


SHOW - Abadá Capoeira

09 de novembro - 19h
Local: Casa do Brasil de Lisboa
Rua Luz Soriano, 42, no Bairro Alto em Lisboa

04 de dezembro – 17h
Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro
Antigo Solar da Nora
Estrada de Telheiras, nº 146 (metro Telheiras)




José Tadeu Carneiro Cardoso mais conhecido como Mestre Camisa, unificou a Capoeira criando um sistema que junta a Capoeira Regional e a Capoeira Angola, ele e seu irmão Camisa Roxa (aluno de mestre Bimba) criaram e fundaram na década de 80 a Abadá-Capoeira: Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira. Camisa integrou a academia de mestre Bimba onde logo se formou em 1969.Participou como capoeirista de numerosos espectáculos folclóricos organizados por seu irmão Camisa Roxa. Em 1972, aos 16 anos portanto, abandonou os estudos para profissionalizar-se como capoeirista no Rio de Janeiro. O associação Abadá-Capoeira é uma entidade de utilidade pública sem fins lucrativos, que tem como objetivo a difusão da cultura brasileira através da Capoeira pelo mundo. Seu exercício é um forte instrumento de integração social , pois trabalha com todas as classes e possibilita, também, a recuperação da noção de cidadania. Tem representações efectivas em todos os estados brasileiros e 30 países. A Abadá-Capoeira: Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira, é actualmente uma das maiores divulgadoras da cultura nacional, tanto no Brasil quanto no exterior, realizando cursos, seminários, palestras e projectos




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro


PANORAMA BRASIL-PORTUGAL EM MOVIMENTO

Novembro-Dezembro 2010

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro

Media, Arte e Tecnologia


PROGRAMAÇÃO CULTURAL
Novembro 3; 10; 17 e 24
às 18h30

Local:
Casa da América Latina
Avenida 24 de Julho, 118–B 1200-871 Lisboa


Diálogos Interculturais
Promover o debate entre os diferentes segmentos sociais e culturais, com o objetivo de fomentar a coesão e diálogo intercultural luso-brasileiro.



03-nov

Apresentação do projeto Hip-Hop de Batom e conecções Africa










Este projecto dá continuidade e aprofunda um processo de articulação entre as organizações da sociedade civil e dos governos. A rede de mulheres que vem contribuir para o debate público, com a geração de propostas e com o avanço no conhecimento sobre a violência de gênero, na perspectiva de incidir em políticas públicas, tem vindo a aumentar.
Diálogo e Acção, que é também representante oficial da Zulu Nation brasileira em Portugal, é uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão a prática da cidadania e a construção de diálogos de Paz como contributo para um mundo melhor e mais justo.



Hip-Hop Portugal






LÍGIA FERRO.
Licenciada em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, actualmente é doutoranda no âmbito do Programa Internacional de Doutoramento em Antropologia Urbana (ISCTE/IUL), desenvolvendo a sua tese na área das práticas culturais juvenis em contextos urbanos como bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Realiza investigação no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-ISCTE) e no Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (IS-FLUP).





Hip Hop África







Chloé Buire está a finalizar o seu doutoramento em geografia no laboratório GECKO (Géographies Comparées des Nords et des Suds) na Universidade Paris Ouest – Nanterre (França). Desde quatro anos, compartilha a sua vida entre Paris onde ensina geografia (Université Paris Ouest – Nanterre e Paris Est – Créteil) e Cape Town, Africa do Sul, onde investiga sobre a elaboração da cidadania na vida cotidiana nos bairros pobres de Cape Town. Depois de uma visita em Luanda, 2009, decidiu alargar as suas investigações as outras capitais africanas. As variações locais de hip hop dão uma vista original e atualizada dos desejos de ser da juventude, especialmente no contexto de Luanda, depois quase cinquenta anos de guerra. A partir de videoclips disponíveis na internet, analisa as identidades luandenses de hoje através os produtos culturais abertos ao mundo global virtual. Escreveu um artigo com Arnaud Simetière, publicado no jornal Géographies et Cultures, intitulado « Luanda par-delà son hip hop. Lorsque les clichés globaux inventent une ville africaine ».


InterpreteM. Madalena C. R. Piteira
Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, variante Inglês/Alemão pela FCSH, UNL (1996). Ramo de Formação Educacional, Inglês/Alemão pela FCSH, UNL (2000). Mestrado em Literarura Comparada no Departamento de Estudos Portugueses na FCSH, UNL (2005). Professora do Curso de Tradução/Retroversão-Inglês e professora do curso de Formação de Formadores, Português –língua estrangeira, CEL (Centro Europeu de Línguas)



10 nov

Artistas Visuais Brasileiros no mundo









Artistas do Projecto Panorama Brasil em Movimento





17-nov

AFRICANIDADE BRASILEIRA

BUMBA BOI MARANHÃO




HERIDAN GUTERRES
Mestre em Saúde e Meio Ambiente pela UFMA, tem realizado trabalhos com as populações vulneráveis (carcerárias, especialmente) numa interface entre a Linguìstica e a Antropologia.
Sua vasta experiência docente tem permitido atuar nas áreas de educação adequada, especialmente junto aos quilombolas, trabalhando com o projeto Educacional O BOI CONTOU (Guimarães, MA) além de ter sido a responsável por diversas programações como a SEMANA DE CONSCIÊNCIA NEGRA, promovido pela Fundação Cultural Palmares.
Roteirista do documentário “João da mata falado” (Etnodoc), faz pesquisas sobre a religião de matriz negro africana na Baixada Ocidental maranhense, nomindamente os “pajés”.
Brincante do Bumba Boi da “Fé em Deus” (São Luís), um dos Bumba Bois de zabumba mais tradicionais do Estado, tem a experiência de estar dos dois lados da brincadeira, seja atuando como “vaqueira”, seja como investigadora desta manifestação cultural que remete a uma ancestralidade ibérica e africana.

CAPOEIRA BRASIL NO MUNDO







Abadá-Capoeira

“O que eu desejo é que as pessoas descubram e usufruam os benefícios e a felicidade que a Capoeira proporciona. Aqui não existe discriminação, todos podem participar… Acho sinceramente que a Capoeira pode ajudar a tornar a nossa sociedade melhor e mais humana e mostrar que todos nós temos valor independente do grau de instrução ou nível social. A Capoeira equilibra e harmoniza as pessoas. Numa aula de capoeira ninguém usa roupa bonita ou acessório importado, é todo mundo igual, de roupa branca e pé no chão”.
Mestre Camisa (Presidente da Abadá-Capoeira)


24-nov

Culturas Urbanas

Afro-reggae e Rap Portugal





Teresa Fradique é antropóloga (licenciada em 1993 e mestre em 1998 pelo Departamento de Antropologia Social do ISCTE). Tem desenvolvido, desde 1992, interesses no âmbito da antropologia e arte, com relações com documentário e as artes visuais. É Professora Adjunta na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), onde lecciona desde 1999, na área das ciências sociais, trabalhando com alunos de Teatro Design e Artes Plásticas. Fez trabalho de campo e pesquisa sobre música rap, culturas juvenis e identidade nacional pós-colonial, da qual resultou a publicação do livro Fixar o Movimento: Representações da música rap em Portugal (Edições D. Quixote, 2003). Trabalha como consultora e acompanhamento critico de projectos artísticos na área das artes performativas. Desenvolve como principais áreas de interesse de investigação a antropologia da performance; antropologia da arte; antropologia visual; antropologia e cultura material; pós-colonialismo, culturas juvenis e identidade nacional.

Susana Durão





Doutora em Antropologia. É actualmente Investigadora. Auxiliar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.Foi bolseira de pós-doutoramento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia no Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro e École d'Hautes Études en Sciences Sociales, Paris (2007-2008). Nos últimos dez anos especializou-se nos temas do policiamento e estudo de práticas profissionais em meios insitucionais e urbanos; estudo da violência, vitimação e respostas institucionais de reparação. Mais recentemene tem-se interessado pelos usos da cultura e do social como política em movimentos e organizações de periferias urbanas pobres de Portugal e do Brasil. É autora de "Patrulha e Proximidade. Uma Etnografia da Polícia em Lisboa" (Coimbra/São Paulo: Almedina, 2008).

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro


PANORAMA BRASIL-PORTUGAL EM MOVIMENTO

Novembro-Dezembro 2010

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro

Media, Arte e Tecnologia
PROGRAMAÇÃO ACADÊMICA
02 a 05 de novembro
Local: Universidade Nova de Lisboa

Avenida de Berna, 26-C – Lisboa (+351) 21 790 83 00 (+351) 21 790 83 00

02 de novembro

9h30: Sessão de Abertura
- Sessão protocolar de abertura do evento

10h00: Mesa-Redonda
Auditório1 - 10h00 OS ESTUDOS TELEVISIVOS EM PORTUGAL E NO BRASIL
Coordenação: F. Rui Cádima (CIMJ/FCSH E DCC/FCSH)
Moderadora: Cristina Ponte (FCSH-UNL)
Isabel Férin (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra): Audiências e recepçãodas telenovelas brasileiras em Portugal
Francisco Rui Cádima (FCSH-UNL): A literatura científica sobre o jornalismo televisivo em Portugal
Gabriela Borges (Universidade do Algarve): Mapeamento do campo dos estudostelevisivos no Brasil



14h- Mesa Temática: Identidade, Performance e Representação Visual
Coordenação: Rosana Martins(CIMJ-UNL/CECP –USP)


Traz importantes contribuições para as reflexões sobre os vínculos identitários, a produção de subjetividade e a sua relação com os recursos mediáticos. Torna-se fundamental
compreender de que forma a inserção dos discursos imagéticos contribuem para a construção de identidade (s) cada vez mais fluidas, múltiplas, provisórias... talvez imersas no “paradigma do fluxo”.

Moderadora: Maria Goretti Pedroso. Jornalista, com especialização em cinema publicitário. Mestre e doutoranda em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes – ECA-USP. Atualmente, dirige comerciais, institucionais e documentários, além da área pedagógica. É autora dos livros: Mulher Virtual, (Esetec, 2005); Admirável Mundo MTV Brasil (Saraiva, 2006); Direitos Humanos Segurança Pública & Comunicação (Acadepol, 2007)..

Rosana Martins. Pós-doutoranda do CIMJ – Centro de Investigação Media e Jornalismo, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, e pesquisadora do Centro de Estudos Cibernética Pedagógica - Laboratório de Linguagens Digitais -Universidade de São Paulo/Escola de Comunicações e Artes - São Paulo/Brasil

Comunicação: Embates entre a Identidade e Transnacionalização Cultural: um estudo de caso sobre a Music Television


Maria de Fátima Grave Doutoranda em Engenharia Têxtil, Universidade do Minho.Mestre em Moda ,Cultura e Arte,Senac(2007), pós Moda e Comunicação UAM(2002),Estilista Esmod/Paris, graduação em Economia Doméstica - Faculdades Integradas Teresa D'Avila de Santo Andre (1980), complementação em Pedagógia na Universidade do Grande Abc, Técnica em Educação Doméstica , Escola Estadual Carlos de Campos (1973). Pesquisadora de vestuário com design ergonomico para pessoas portadoras de deficiência física junto aClinica CURAT e a Fundação Selma (desde1998).

Comunicação: A interligação entre a Moda, identidade e Mídia


Luís Filipe B. Teixeira. Professor Catedrático da ULHT - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Professor Catedrático do ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Áreas científicas de interesse: New Media, Game Studies/Ludologia, Cibercultura, Cibertexto. Membro das comunidades portuguesa e brasileira de videojogos

Comunicação: Novos Medias e Cultura de Simulação


03 de novembro

INTER (IN) VENÇÕES:

'INTERACÇÕES / INTERACTIVIDADES'

Coordenação: Pedro Andrade (CECL)


1ª mediação: interculturalidades / intermedia: em termos do conteúdo das mediações, o evento conecta Interculturalidades, ou seja, culturas diferentes e autónomas, mas dialógicas e solidárias, a Portuguesa e a Brasileira. Quanto à forma das mediações, os investigadores e artistas convidados utilizam o intermedia, isto é, diversos media em mixagem, hibridação ou fusão.

2ª mediação: interacções / interactividade: a interacção entende-se, essencialmente, enquanto relação entre vários agentes sociais que realizam acções conjuntas, de acordo com Georg Simmel, George Mead, etc.. Na arte, este processo de interacção é mais visível nas performances, happenings, etc. Por seu turno, a interactividade é mais conotada com a relação activa entre um agente e um objecto digital, por exemplo o homem e o computador, sendo a sua eficacidade circunscrita pela ‘usabilidade’ da interface, segundo Jakob Nilesen. A internet conecta interactividade e interacção, essencialmente na era da Web 2.0 (blogs, wikis, redes sociais, etc.).


Manhã


10h 00: Apresentação da mesa 1
10h 05: Luís Campos, médico e artista plástico (Portugal)
'Limiares'
10h 30: Dan Mabe, artista plástico (Brasil)
'Artes de rua'
11h 05: DEBATE (15')
11h 20: Intervalo (10')

11h 30: Apresentação da mesa 2
11h 35: Eduardo Salavisa, artista plástico (Portugal)
'Diários de artista'
12h 05: Nuno Maya, artista plástico (Portugal)
'Lugares públicos interactivos'
12h 35: DEBATE (15')
12h 50: Final da sessão da manhã
13h00: Almoço com os participantes

Tarde
Interactividades de arte.

14h 00: Apresentação da mesa 3
14h 05: Pedro Andrade, sociólogo e artista new media, Univ. Lisboa (Portugal)
'Métodos new media nas práticas artística e sociológicas'
14h 35: Maria Goretti Pedroso, Univ. São Paulo (Brasil)
'Escrituras mediáticas: níveis de autoria no processo de criação artística'
15h 05: DEBATE (15')
15h 20: Intervalo (10')

15h 30: Apresentação da mesa 4
15h 35: Exibição de videos de Luís Petry, filósofo e artista new media, Univ. Católica
de São Paulo, e de Paulo Mello, Dir. Criativo Design, Univ. MacKenzie (Brasil)
16h 35: DEBATE (15')
16h 50: Final da sessão da tarde



05 de novembro

Seminário - Etnografia, Imagem e Cultura Visual (5 Novembro)

Coordenadores: Ricardo Campos (CEMRI/UAb) e Catarina Alves Costa (CRIA/FCSH)


10.30h – 12h. Contextos da Antropologia Visual lusófona

Catarina Alves Costa (Centro em Rede de Investigação em Antropologia/FCSH)
José Ribeiro (Lab. Antropologia Visual CEMRI – Univ. Aberta)
Clara Carvalho (Centro de Estudos Africanos - ISCTE IUL)

14h – 16h. Media e vídeo participativo (Mostra de vídeo e debate)

Peter Anton Zoetl (Lab. Antropologia Visual CEMRI – Univ. Aberta)



PANORAMA BRASIL-PORTUGAL EM MOVIMENTO

Novembro-Dezembro 2010

II Seminário Internacional Luso-Brasileiro

Media, Arte e Tecnologia




Brasil e Portugal em diálogo

De um lado Portugal e do outro Brasil, separados pelo oceano, agora unem-se através da conexão cultural no sentido de fortalecer e consolidar o fraterno relacionamento de laços tão antigos, tão especiais, tão estreitos e tão fortes que unem historicamente os dois países. O projecto que aqui se apresenta visa estimular o intercâmbio cultural em língua portuguesa, a partir do cinema, pintura, música, teatro, envolvendo artistas e académicos de ambos os países. Uma das características do projecto é o carácter interdisciplinar das suas acções que giram em torno das temáticas da cidadania, cultura, linguagem e comunicação. Panorama Brasil-Portugal em movimento propõe, ainda, a reflexão, o diálogo, o envolvimento e mobilização de todos na sociedade como parte integrante no mundo.

Um debate intercultural planetário

Na contemporaneidade, o processo de globalização vem fornecendo novas configurações identitárias, o que nos leva à análise das relações do sujeito com o global/local e o fenómeno da fragmentação dos territórios. Ao colocar diferentes áreas do globo em interconexão, a globalização faz com que as perspectivas de transformação social atinjam virtualmente todo o mundo. Assim, não só temos uma maior circulação de produtos como também uma rearticulação das relações entre culturas e entre países. Aqui, o poder económico está descentralizado, deslizando pelos continentes atrás de escala e rentabilidade; as culturas estão mais híbridas devido ao aumento das possibilidades desterritorialização.

A integração e reprodução da nova ordem global fundamenta-se na lógica da curta duração, dissolução e fragmentação da identidade do indivíduo. No admirável mundo novo das oportunidades fugazes e seguranças frágeis, a saturação do universo simbólico daí resultante deixa-nos inertes e apáticos, rendidos à pura reprodução e sem qualquer outro referente que não seja as próprias imagens geradas pelos media. A generalidade dos modelos produzidos é ordenada por uma lógica de disciplinamento do corpo social, que pretende remeter a cada indivíduo uma dada posição bem definida na sociedade (enquanto consumidor).

Encontramos, porém, processos de reconhecimento dos grupos que carregam e defendem as diferenças étnicas e culturais que se opõem à matriz dominante do nation-building; a demanda por inclusão e por pluralidade no sentido da reparação de exclusões históricas; a demanda por reorientação das políticas públicas no sentido de assegurar a diversidade/pluralidade de grupos e tradições.

O actual contexto social tem sido determinado por mudanças substanciais em todas as esferas da actividade humana. Estamos passando por um processo de redefinição de uma série de conceitos, valores e princípios que até há muito pouco tempo, não eram sequer questionados.

Os tempos actuais, (os tempos pós-modernos, para alguns), causaram um estado de transformação na sociedade humana, havendo uma modificação do estado sólido para o líquido. Este estado de fluidez não é apenas econômica ou política, ela também se reproduz nas restantes áreas da vida humana: nas relações pessoais e na vida cotidiana. Estamos vivendo os múltiplos efeitos de um mundo cada vez mais complexo, com avanços tecnológicos, mas também com antagonismos, contradições, conflitos, formas de inclusão e exclusão dos sujeitos.

O mundo contemporâneo, ao mesmo tempo em que se abre a fluxos do capital financeiro globalizado, exibe inúmeros exemplos de fortalecimento dos controles territoriais, de revitalização dos nacionalismos, de valorização das raízes étnicas, da xenofobia e da busca por uma definição mais concreta de identidade. Nesse horizonte, a sociedade global pode ser vista como uma totalidade desde o início problemática, é complexa e contraditória; atravessada por desigualdades e diferenças, que se reflectem nos indivíduos, grupos, classes, tribos, nações, sociedades, culturas, religiões e idiomas. Desarticula as identidades fixas e estáveis do passado, mas, abre perspectivas para novas articulações que permitem a criação de novas identidades e a produção de novos sujeitos que se recompõem em torno de pontos nodais particulares de articulação ou “pluralidade de centros de poder”.

Ao mesmo tempo que a globalização representa uma certa forma de interconexão e interpenetração entre regiões, estados nacionais e comunidades locais que está marcada pela hegemonia do capital e do mercado, ela também se faz acompanhar por uma potencialização da busca por singularidade, por um espaço de diferença - a emergência de novas formas de identificação coletiva – negros, mulheres, povos indígenas, ecologia, pacifismo, juventude, movimentos religiosos – e novas formas de pensamento, que puseram em questão o etnocentrismo e o caráter excludente da ordem vigente. A identidade é, então, construída a partir de elementos opostos: diferença e igualdade; objetividade e subjetividade; ocultação e revelação e, para compreendê-la, é necessário desvendar essas contradições dialéticas.



Diferenças e encontros


Este encontro de natureza transnacional revela-se uma ocasião ímpar de diálogo e intercâmbio, ao procurar problematizar as actuais políticas culturais e científicas, a diversidade cultural e a produção artística em língua portuguesa. É nosso intuíto, também, aprofundar e sistematizar propostas teórico-metodológicas na formação para a intervenção em contextos de diversidade cultural;, tendo como eixo central:

a) Foco na diferença
b) Foco nas estratégias pedagógicas
c) Foco no diálogo

Promovemos o intercâmbio de iniciativas e conhecimento entre Brasil e Portugal visando à elaboração de ações positivas por parte do Estado e da sociedade civil. Panorama Brasil-Portugal em Movimento visa a reflexão, o diálogo, o envolvimento e a mobilização da comunidade científica, académica, cultural e artística de ambos países, incentivando o estabelecimento de pontes e parcerias para o futuro.